Depoimento de Barusco a Moro desmoraliza de novo a tese do cartel. E isso é apenas um fato! – Por Reinaldo Azevedo
Queridos leitores, este jornalista — ou “blogueiro falastrão”, como acusa Lula — não pode fazer nada se só sabe pensar dentro e de acordo com a lógica. Sempre que um papo começa a ficar meio maluco, caio fora — e é assim desde a tenra juventude, quando adolescentes são dados a devaneios por fatores endógenos ou exógenos. Sou exigente: se é para acreditar no que vai acima de uma cadeia material de causalidades e efeitos, salto logo para Deus, entendem? Por que esse gracejo? Porque, não duvidem, tudo o que há no mundo faz sentido, ainda que a gente não goste do que vê. E, se parece não fazer sentido, é porque não sabemos tudo.

Desde que começou a Operação Lava Jato, em março do ano passado, tenho combatido a tese do cartel, o que tem me custado algumas críticas boçais de quem nem sabe do que está falando, como se negar esse crime implicasse negar os outros ou aliviasse a situação para alguém. Nada disso! Para as empreiteiras, não há alívio nenhum. O único que vai ficar INFELIZ se essa acusação cair é o PT.
Na segunda, na TVeja, Carlos Graieb, que comanda A VEJA.com, me perguntou por que eu considerava importante descaracterizar a tese de cartel. Simples: porque se enxerga a real natureza do jogo. E a real natureza do jogo é a criação de uma máquina para assaltar não apenas a Petrobras, mas o estado brasileiro. Uma máquina partidária. Acusar a existência do cartel dá a entender que, qualquer que fosse o ator do outro lado, elas teriam operado como operaram. E isso é mentira. Essa é a versão na qual o PT quer que a gente acredite. E eu não acredito. Não é por preconceito, mas em razão do que dizem os fatos.Finalmente, cumpre indagar e responder: pode haver o concurso dos crimes, cartel e extorsão? Até pode. Mas, como indicam os fatos, não foi o que aconteceu.Ou alguém vai me convencer que Vaccari mandava um bilhete cobrando a propina que seria arrancada de um poderoso cartel? Tenham paciência, né?Nós estamos tratando é de uma organização que praticou crimes contra o Estado brasileiro. É mais do que coisa de batedores de carteira, ainda que de desempenho bilionário.Vamos chamas as coisas pelo nome que elas têm.
Por Reinaldo Azevedo
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